“O que eu poderia dar como maior prova senão entrar numa Recuperação Judicial e colocar todos os meus bens [como garantia]? Eu não era obrigado a entrar em uma Recuperação Judicial. Porque as pessoas normalizam certos comportamentos quando querem levar para um viés político, então elas normalizam quando uma coisa dessa é feita. As pessoas acham que eu cheguei em casa e falo “coloquei meus bens lá, tá?”. Não é possível que em algum momento as pessoas não entendam o que está sendo feito de reestruturação”, começou.
“Quando vamos para uma Recuperação Judicial com os meus bens ali, é a maior prova de respeito pelo processo que está sendo realizado. Por quê? Não sei qual receita vamos ter, não sei em qual posição vamos terminar no campeonato. Eu sei as receitas ordinárias, extraordinárias eu não sei. Eu tenho um compromisso para cumprir. Se eu descumprir qualquer situação da RJ, todo meu patrimônio adquirido vai embora. Não é uma gestão diferente? Todos os anos se passaram aqui falaram de reestruturação. Esse ano está acontecendo de verdade. Isso quer dizer que eu sou o melhor? Eu não sou o melhor presidente da história e também não sou o pior. Eu entrei aqui para dar o meu melhor e ser certo. E ser certo incomoda”, completou.
Pedrinho avaliou que o “processo é duro” e admite que, sem os resultados em campo, a caminhada se torna mais difícil. O Vasco atravessa uma crise em campo, com eliminação na Sul-Americana após goleada para o Independiente del Valle, e tem apenas 14 pontos no Brasileiro, à porta da zona de rebaixamento.
“O processo é duro, muito duro. Se os resultados de campo estivessem acontecendo, a gente passaria mais tranquilo. Não está acontecendo. E a torcida pode ter certeza que eu sofro tanto quanto ela. A gente fica medindo quem é mais vascaíno e não tem que medir, vascaíno é vascaíno. Eu sofro muito com as derrotas, mas eu também vejo muito trabalho. Os caras passam 2h, 3h treinando desde a chegada do Diniz. Eu vejo evolução no jogo. Fazer qualquer tipo de avaliação depois de uma derrota tem uma visão e depois de uma vitória tem outra. Por isso temos que fazer uma avaliação neutra. São pontos só para te provar que a gestão boa ou ruim não pode ser avaliada pela bola entrar ou não. A gestão é muito diferente, é muito diferente.